Flor do Maracujá: conheça a história da maior festa junina folclórica de Rondônia

  • 03/08/2025
(Foto: Reprodução)
A 41ª edição do arraial Flor do Maracujá começou ontem O som do tambor ecoando nas quadras escolares, os passos ensaiados por meses e o brilho nos olhos de crianças e adultos marcam mais uma edição do Flor do Maracujá. A 41ª edição do arraial começou na sexta-feira (1º) e segue até 10 de agosto no Parque dos Tanques, em Porto Velho. A história do arraial, no entanto, começa bem antes das arquibancadas lotadas e dos palcos grandiosos. Por volta de 1983, uma mulher chamada Maria de Nazaré, natural de Belém, mudou-se para Rondônia. Junto a grupos folclóricos de Porto Velho, ela criou um espaço para valorizar tradições amazônicas, como as quadrilhas juninas e os bois-bumbás. O g1 conversou com Maria e montou uma recapitulação de como surgiu a maior festa junina de Rondônia. De festa escolar à maior mostra de cultura popular Nas décadas de 1970 e 1980, as festas juninas eram organizadas pelas escolas de Porto Velho. Depois, em agosto, era a vez dos grupos folclóricos se apresentarem na cidade. Com a criação oficial do Estado de Rondônia, em 1982, o evento ganhou força institucional: foi lançada a primeira Mostra de Quadrilhas e Bois-Bumbás, que ainda acontecia dentro do ambiente escolar. “A escola Rio Branco foi a primeira com quadra coberta, e foi lá que fizemos o primeiro festival de folclore estadual. Antes, era tudo improvisado”, conta a professora. Em 1983, nasceu o Arraial Flor do Maracujá. Com o tempo, virou um grande festival junino, reunindo danças, comidas típicas, parque de diversões, barracas e artesanatos. O nome do Arraial surge como homenagem à primeira quadrilha registrada em Porto Velho: a Flor do Maracujá. Flor do Maracujá 2024. Reprodução/Governo de Rondônia LEIA MAIS: Investigação revela esquema de fraude na venda de diplomas falsos em RO; alunos pagavam mais de R$ 10 mil para banca Jiboia faz 'visita' a condomínio em Porto Velho De quadra de areia ao Parque dos Tanques: a luta por estrutura O primeiro Arraial Flor do Maracujá aconteceu em uma quadra de areia ao lado do Ginásio Cláudio Coutinho. Com apoio da comunidade e pequenos patrocínios, surgiram as primeiras barracas e a iluminação. “Era tudo improvisado e feito com vontade. O apoio financeiro ia só para os grupos folclóricos. O resto vinha de doações e parcerias”, recorda Nazaré. Entre 1983 e 1989, o Arraial Flor do Maracujá acontecia ao lado do Ginásio Cláudio Coutinho. Depois disso, passou por diferentes locais da cidade: a área onde hoje funciona a Assembleia Legislativa; o Parque dos Tanques (na parte baixa); o bairro Costa e Silva, atualmente chamado de Imigrantes; e até o centro Esperança da Comunidade, onde foi realizado durante a enchente de 2014. Desde 2015, o festival voltou a ser realizado no Parque dos Tanques, agora na parte alta. Porém, o local ainda não é fixo nem estruturado, o que dificulta a organização do evento a cada edição. “Hoje a estrutura é gigante. Precisa de arquibancadas, som, segurança, camarotes, banheiros químicos. É muito investimento. E tudo desmontado depois. A esperança é ter um espaço definitivo, que sirva também a outros eventos grandes de Rondônia”, desabafa a criadora. Da participação ao espírito competitivo Muito além da festa, a Flor do Maracujá representa um importante projeto social e educativo. Crianças só podem participar se estiverem na escola, e os ensaios começam cedo, ainda em março e abril. “É um lugar para mostrar talento, disciplina e manter as crianças longe das ruas”, explica Nazaré. Até 1989, apenas os bois-bumbás participavam de competições. As quadrilhas recebiam troféus simbólicos. A disputa ficou mais acirrada a partir de 1990, inspirada em grandes festas populares do país, como Campina Grande (PB) e Parintins (AM). “Hoje cada grupo tem torcida organizada, fantasias complexas, coreografias ousadas. É uma superprodução”, diz. “O que mantém a Flor do Maracujá viva é o povo” O Arraial é resultado de uma parceria entre a Prefeitura de Porto Velho, o Governo de Rondônia, patrocinadores e mais de 50 grupos folclóricos que se apresentam todos os anos. Para Nazaré, manter e fortalecer o Arraial é essencial, porque ele representa o orgulho e a identidade cultural do povo rondoniense.

FONTE: https://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2025/08/03/flor-do-maracuja-conheca-a-historia-da-maior-festa-junina-folclorica-de-rondonia.ghtml


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